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Estamos começando nosso segundo semestre do curso de Ciências Biológicas - Ead - UFSC. Seja bem vindo ao nosso blog de Organização Escolar.

Nosso Grupo

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Alunas de Ciências Biológicas - Ead - UFSC - Araranguá

sábado, 15 de maio de 2010

Síntese Coletiva - Atividade 6.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CED
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ESPECIALIZADOS EM EDUCAÇÃO – EED
Profª: Drª Terezinha Maria Cardoso e Roseli Zen Cerny
Turma: Ciências Biológicas – Pólo Araranguá
Acadêmicas: Cíntia Karina Elizandro – Cláudia Pacheco Pedro.
Fabiana Daniel – Maria Eduarda Moreira da Silva.


UNIVERSO ESCOLAR E SUA ORGANIZAÇÃO


O dia-a-dia, a organização, os fatos que ocorrem, entre muitas outras coisas, muito se parecem em todas as escolas, quando analisados de uma maneira bem geral. Porém quando são analisados os componentes que guiam esses fatos ocorridos, percebe-se então que as escolas são singulares, que cada uma possui seus métodos, estratégias, etc., que as diferenciam sim, e muito, mas que estes métodos/estratégias fazem parte de todas elas.

No universo escolar, o currículo é uma questão fundamental para a qualidade de ensino que, no entanto, comumente foi, e frequentemente ainda é estruturado com base numa visão funcionalista da escola, onde se traçam objetivos para satisfazer as demandas de mão-de-obra do mercado de trabalho, inspirando um currículo conhecido por técnico-linear ou tecnicista. Se contrapondo a este modelo foram se desenvolvendo paralelamente, críticas baseadas na teoria marxista, que foram concebendo uma interpretação mais abrangente no que se refere à organização curricular, refletindo sobre as inter-relações criadas entre currículo escolar e a sociedade com suas múltiplas expressões. Apesar dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, trazerem uma proposta de currículo integrado, onde o conhecimento possa e deva ser experienciado sob múltiplas perspectivas, a fim de que se abranja em uma dada disciplina, também outras áreas do conhecimento. Então “pensar a organização escolar é pensar o currículo em curso na escola”. (CARDOSO, 2010, pg. 104). Porém a implementação dessa proposta fica sujeita ao “querer fazer” e à dedicação consciente dos sujeitos se predispondo à construção de uma educação mais verdadeira e menos mecânica.

A avaliação é outro processo delicado dentro do cotidiano escolar, uma vez que, implica numa forma de estruturação social competidora e adestradora no uso da ferramenta castigo/recompensa. Superar as armadilhas implícitas num processo avaliativo é fundamental para a construção de indivíduos mais autônomos e menos castrados em suas potencialidades. A avaliação deve ser multifocal, tendo vistas aos diversos reflexos que denotam o aprendizado como processo, e não “aquela coisa” determinista modelada em parâmetros reducionistas do saber medido numa míope escala numérica.

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) é uma ferramenta que propicia à comunidade escolar um caminho para construção de uma escola democrática que satisfaça aos anseios dos sujeitos que a compõe. Segundo Cardoso:

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN nº 9394-96), especialmente em seus artigos 12, 13 e 14, atribui a cada unidade escolar a prerrogativa de elaborar seu Projeto Político-Pedagógico e cuidar para que a execução se faça de modo compartilhado com a comunidade. (2010, p.114)
Portanto, fazer uso correto e consciente desse instrumento é um pressuposto para o desenvolvimento de escolas adequadas às necessidades exigidas pelo seu contexto e cotidiano, considerando peculiaridades e objetivando a concretização de um espaço mais justo, digno e condizente com os desejos coletivos. Para tanto, o PPP deve ser um objeto de cuidado coletivo, em todas as suas etapas, tanto conceptivas, quanto executáveis, valorizado na medida do envolvimento dos sujeitos com sua trama que prevê o gerenciamento holístico da organização escolar, norteado por princípios éticos e epistemológicos que permearão a totalidade das ações previstas, como plano de governo, metas públicas em relação à comunidade escolar, planejamento de ações, definição de grupos de trabalho e coordenadores para desenvolvimento das ações propostas, entre outras, que devem ser priorizadas tendo em foco a escola desejável, e planejando o processo que viabilize a construção dessa escola.

O PPP pode ser visto como um processo basilar para a gestão democrática da escola, muitas vezes limitada pelo individualismo vigente na sociedade atual, refletido no seio escolar. Porém, é no viver democraticamente dentro do ambiente escolar que uma nova sociedade pode ser formar; a problemática é que uma coisa está atrelada à outra. A maneira como uma escola está organizada, se refletirá no exercício de democracia ou autoritarismo/submissão de cada sujeito envolvido. É grande, portanto, a responsabilidade da escola na formação de uma sociedade com indivíduos mais conscientes de seus direitos e poderes ou com a formação de indivíduos alienados e submissos aos mandatos impostos que dificilmente serão por eles questionados.

Em meio a esta organização escolar percebe-se ainda no interior da escola os espaços, as paredes, os mobiliários, os setores, os corredores, todos destinados à condução disciplinada de alunos, professores e funcionários. Neste contexto, pode-se observar a escola e a educação como engrenagens institucionais onde os sujeitos tornam-se reféns de uma ordem totalitária e burocrática. (PIMENTEL, 2002, p. 150).

Porém, cabe ressaltar, que o espaço escolar não está dissociado às práticas humanas cotidianas onde ocorrem o namoro, os entretenimentos, as fofocas, o erotismo, entre outros. “O cotidiano do espaço escolar pulsa no ritmo das vidas que preenchem as suas arquiteturas”. (PIMENTEL, 2002, p. 150). Ou seja, assim como acontece na vida, as formas individuais de viver e perceber o mundo estão presentes nas diferentes formas de ensinar e aprender. Cada indivíduo assim enriquece os processos culturais introduzidos nas práticas educativas.

A gestão democrática da escola perpassa pela abertura à participação ativa dos diferentes atores e pelo respeito, atenção e cuidado à multiplicidade de interesses que advém da existência de uma sociedade em miniatura compondo seu corpo. Além de considerar a organização didático-pedagógica como um mosaico que se complementa e se interconecta a todo instante em face à própria complexidade humana, priorizar esta ou aquela especialidade do ensino é deslizar pela trilha funcionalista da escola ditando seus imperativos orquestrados pelo condicionamento social.



REFERÊNCIAS

CARDOSO, T. M. Organização escolar. 1. reimp. Florianópolis : BIOLOGIA/EAD/UFSC, 2010.

PIMENTEL, A. Escola, educação e gestão da vida. Ponto de Vista, Florianópolis, n. 3/4, p. 145-159, 2002.



quinta-feira, 13 de maio de 2010

Síntese individual 6- Cláudia Pacheco.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CED
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ESPECIALIZADOS EM EDUCAÇÃO – EED
Profª: Drª Terezinha Maria Cardoso e Roseli Zen Cerny
Turma: Ciências Biológicas – Pólo Araranguá
Acadêmica: Cláudia Pacheco Pedro.
Matrícula: 09408024.


A complexa organização do cotidiano de uma escola



O dia-a-dia, a organização, os fatos que ocorrem, entre muitas outras coisas, muito se parecem em todas as escolas, quando analisados de uma maneira bem geral. Porém quando são analisados os componentes que guiam esses fatos ocorridos, percebe-se então que as escolas são singulares, que cada uma possui seus métodos, estratégias, etc., que as diferenciam sim, e muito, mas que  estes métodos/estratégias fazem parte de todas elas. Fazendo uma análise sobre cada um deles, começamos então pelo currículo:

O currículo escolar tem uma caracterização comum de que é composto pelas disciplinas, e os conteúdos que devem ser abordados durante cada fase da educação, e que estes devem ser transmitidos para os estudantes, e que os mesmos devem assimilá-los. Este modo de pensar o currículo escolar é baseado no currículo tecnicista ou linear, que visa o processo educativo como objetivo e operacional. A partir daí, surgem questões que implicam na funcionalidade deste método, que levam em conta o fato de que se deve ter a preocupação referente à aprendizagem do aluno, e não simplesmente a quantidade dos conteúdos que deveriam ser transmitidos. De acordo então com essa preocupação, surge a necessidade da integração do currículo escolar, onde as disciplinas são inter-relacionadas, a fim de que se abranja em uma dada disciplina, também outras áreas do conhecimento. Então “pensar a organização escolar é pensar o currículo em curso na escola”. (CARDOSO, 2010, pg. 104).

A avaliação, um dos outros componentes da organização escolar, está presente em todo momento. Ela é importante neste processo de ensinar-aprender, pois através dela se pode deduzir o grau de aprendizagem de um aluno. O que pode diferenciar-se então é como a escola avalia seus alunos, se ela somente mede o alcance de resultados, ou se ela leva em consideração este método de ensinar-aprender, ou seja, se este método esta sendo funcional e eficiente de modo igual para todos os alunos, preocupando-se com o compromisso de que todos devem realmente aprender.

O Projeto Político-Pedagógico, não menos importante, que está presente em qualquer escola, é o que guia o dia-a-dia escolar. Muitas vezes é deixado em segundo plano, não sendo levado em conta durante a tomada de decisões. Outras, no momento em que vai ser discutido e elaborado, não têm a participação efetiva de todos os componentes do espaço escolar, e muito menos ainda da comunidade. O PPP deve ser criado e executado de acordo com a realidade da escola onde ele está inserido, por esse motivo, a importância de ser cuidadosamente analisado e pensado. Para isso, segue alguns preceitos indispensáveis quando elaborado, como: eixo transversalizador, plano de governo, compromissos públicos, princípios éticos, planejamento das ações, planos de trabalho em equipe. Assim deve ser construída uma pratica pedagógica orientada por uma “ética do cuidado”.

Por último, mas não menos importante, está a gestão democrática da escola. Esta então, é encarregada de por em prática os métodos, princípios e projetos citados acima, levando em conta, que a escola é um espaço composto por pessoas que se diferem por demais em muitos aspectos, e que por isso, há a necessidade de uma gestão realmente democrática, que siga, que se oriente pelo seu Projeto-Político-Pedagógico, que respeite as necessidades de cada aluno, que se organize de modo a atendê-las, que leve em conta o principal motivo que os levam até a escola: o aprender com qualidade.


BIBLIOGRAFIA

CARDOSO. Terezinha M. Organização escolar. Florianópolis: Biologia/EaD/UFSC. 2010.

Atividade 6 - Síntese individual - Cíntia Karina Elizandro

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CED
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ESPECIALIZADOS EM EDUCAÇÃO – EED
Profª: Drª Terezinha Maria Cardoso e Roseli Zen Cerny
Turma: Ciências Biológicas – Pólo Araranguá
Acadêmica: Cíntia Karina Elizandro


 
EVOLUIR ESCOLAR

No universo escolar, o currículo é uma questão fundamental para a qualidade de ensino, que no entanto, comumente foi, e frequentemente ainda é estruturado com base numa visão funcionalista da escola, onde se traçam objetivos para satisfazer as demandas de mão-de-obra do mercado de trabalho, inspirando um currículo conhecido por técnico-linear ou tecnicista. Se contrapondo a este modelo foram se desenvolvendo paralelamente, críticas baseadas na teoria marxista, que foram concebendo uma interpretação mais abrangente no que se refere à organização curricular, refletindo sobre as inter-relações criadas entre currículo escolar e a sociedade com suas múltiplas expressões.

Apesar dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, trazerem uma proposta de currículo integrado, onde o conhecimento possa e deva ser experienciado sob múltiplas perspectivas, a implementação dessa proposta fica sujeita ao “querer fazer” e à dedicação consciente dos sujeitos se predispondo à construção de uma educação mais verdadeira e menos mecânica.

A avaliação é outro processo delicado dentro do cotidiano escolar, uma vez que, implica numa forma de estruturação social competidora e adestradora no uso da ferramenta castigo/recompensa. Superar as armadilhas implícitas num processo avaliativo é fundamental para a construção de indivíduos mais autônomos e menos castrados em suas potencialidades. A avaliação deve ser multifocal, tendo vistas aos diversos reflexos que denotam o aprendizado como processo, e não “aquela coisa” determinista modelada em parâmetros reducionistas do saber medido numa míope escala numérica.

O Projeto Político-Pedagógico (PPP) é uma ferramenta que propicia à comunidade escolar um caminho para construção de uma escola democrática que satisfaça aos anseios dos sujeitos que a compõe. Segundo Cardoso:

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN nº 9394-96), especialmente em seus artigos 12, 13 e 14, atribui a cada unidade escolar a prerrogativa de elaborar seu Projeto Político-Pedagógico e cuidar para que a execução se faça de modo compartilhado com a comunidade. (2010, p.114)

Portanto, fazer uso correto e consciente desse instrumento é um pressuposto para o desenvolvimento de escolas adequadas às necessidades exigidas pelo seu contexto e cotidiano, considerando peculiaridades e objetivando a concretização de um espaço mais justo, digno e condizente com os desejos coletivos. Para tanto, o PPP deve ser um objeto de cuidado coletivo, em todas as suas etapas, tanto conceptivas, quanto executáveis, valorizado na medida do envolvimento dos sujeitos com sua trama que prevê o gerenciamento holístico da organização escolar, norteado por princípios éticos e epistemológicos que permearão a totalidade das ações previstas, como plano de governo, metas públicas em relação à comunidade escolar, planejamento de ações, definição de grupos de trabalho e coordenadores para desenvolvimento das ações propostas, entre outras, que devem ser priorizadas tendo em foco a escola desejável, e planejando o processo que viabilize a construção dessa escola.

O PPP pode ser visto como um processo basilar para a gestão democrática da escola, muitas vezes limitada pelo individualismo vigente na sociedade atual, refletido no seio escolar. Porém, é no viver democraticamente dentro do ambiente escolar que uma nova sociedade pode ser formar; a problemática é que uma coisa está atrelada à outra. A maneira como uma escola está organizada, se refletirá no exercício de democracia ou autoritarismo/submissão de cada sujeito envolvido. É grande, portanto, a responsabilidade da escola na formação de uma sociedade com indivíduos mais conscientes de seus direitos e poderes ou com a formação de indivíduos alienados e submissos aos mandatos impostos que dificilmente serão por eles questionados.

A gestão democrática da escola perpassa pela abertura à participação ativa dos diferentes atores e pelo respeito, atenção e cuidado à multiplicidade de interesses que advém da existência de uma sociedade em miniatura compondo seu corpo. Além de considerar a organização didático pedagógica como um mosaico que se complementa e se interconecta a todo instante em face à própria complexidade humana, priorizar esta ou aquela especialidade do ensino é deslizar pela trilha funcionalista da escola ditando seus imperativos orquestrados pelo condicionamento social.


REFERÊNCIAS

CARDOSO. Terezinha M. Organização escolar. Florianópolis: Biologia/EaD/UFSC. 2010.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ESPECIALIZADOS EM EDUCAÇÃO
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – MODALIDADE A DISTANCIA
PROFA. TEREZINHA MARIA CARDOSO E ROSELI ZEN CARNY
ACADEMICA: FABIANA DANIEL

ATIVIDADE 6
ESCOLA : GESTÃO DEMOCRÁTICA E GESTÃO DO CUIDADO

Assim como ocorre com a escola, a forma de se entender o currículo vem se modificando ao longo do tempo. O currículo entendido pelo modelo tecnicista é o conjunto das disciplinas e os conteúdos que devem ser transmitidos do professor para o educando. Este modelo baseia-se nos princípios da racionalidade, eficiência e produtividade. A partir de 1980 chega ao Brasil a visão crítica de se entender o currículo, ocorre então, uma crítica ao modelo tecnicista baseado na teoria marxista. Compreende-se, a partir daí, o currículo como algo além das disciplinas e conteúdos, incorporando-lhe implicações sociais, políticas, econômicas e culturais.

Os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacional) propõem a organização curricular de forma integrada, buscando uma interconexão entre as diferentes disciplinas (e seus conteúdos) com a finalidade de que um tema possa ser estudado sob o ponto de vista das várias áreas do conhecimento. Porém esta integração curricular precisa da vontade dos sujeitos envolvidos de praticá-la. Pode-se dizer então, que a visão atualmente empregada ao currículo o entende como tudo o que acontece na escola, e que afeta a forma de ensinar e aprender, ou seja, a construção coletiva do saber.

A avaliação também faz parte do processo de ensino-aprendizagem, pois é através dela que educadores e educandos percebem o quanto alcançaram as metas propostas nas atividades pedagógicas. A concepção tecnicista da avaliação a compreende como forma classificatória, onde atitudes como punição e recompensa se justificam. As críticas a essa concepção traz uma ideia de avaliação a serviço de práticas docente emancipatórias e inclusiva, visando a busca de novos rumos pra que todos aprendam.

Sobre o projeto político-pedagógico pode-se dizer que faz parte da escola mesmo quando esta diz não tê-lo formalmente em um documento, pois ele está presente em todos os espaços da organização escolar. Assim, devemos perceber como a equipe pedagógica e administrativa se efetiva com seu PPP, entender se são valorizadas as ações que tornam a escola um espaço democrático, que respeita as manifestações ou não. Devemos perceber também a importância atribuída aos educandos e seus familiares, aos professores e funcionários da escola.

A LDBEN n. 9394-96 atribui a cada escola a tarefa de elaborar eu PPP e ficar atenta para que sua execução ocorra de forma compartilhada com a comunidade, e que a prática pedagógica se guie pela ética do cuidado.

O PPP traz em sua formação o projeto, o político e o pedagógico como uma tríade indissociável que busca a antecipação de possibilidade, a legitimidade do outro e a transformação criativa do cotidiano. Então podemos refletir que o PPP deve afirmar a prática do cuidado no ambiente escolar, onde os sujeitos ali inseridos, consigam compartilhar ideias, conflitos, incertezas expressas em palavras, ações ou ocultos na ignorância de quem não consegue nem mesmo expressá-los.

Contudo, o cotidiano da escola é rico em fenômenos de expansão da vida. O viver ali é uma declaração de desordem, pois transcende a ordem que asfixia a capacidade de expressão. A escola e a educação são resultados da produção cultural humana com suas subjetividades.

No interior da escola percebem-se os espaços, as paredes, os mobiliários, os setores, os corredores, todos destinados à condução disciplinada de alunos, professores e funcionários. Neste contexto, pode-se observar a escola e a educação como engrenagens institucionais onde os sujeitos tornam-se reféns de uma ordem totalitária e burocrática. (PIMENTEL, 2002, p. 150).

Porém, cabe ressaltar, que o espaço escolar não está dissociado às práticas humanas cotidianas onde ocorrem o namoro, os entretenimentos, as fofocas, o erotismo, entre outros. “O cotidiano do espaço escolar pulsa no ritmo das vidas que preenchem as suas arquiteturas”. (PIMENTEL, 2002, p. 150). Ou seja, assim como acontece na vida, as idiossincrasias humanas estão presentes nas diferentes formas de ensinar e aprender. Cada indivíduo assim enriquece os processos culturais embutidos nas práticas educativas.

Por fim, a gestão democrática da escola é aquela que respeita as especificidades culturais da comunidade e tem o espaço escolar como um lugar social do cuidado e da aprendizagem. A gestão da escola precisa considerar a vida como principal fundamento das práticas pedagógicas, precisa ser feita em grupo, de forma democrática, tendo como norteador o planejamento, a diretividade e o respeito às decisões coletivas, privilegiando a dialogicidade, a abertura epistemológica e política e a formação de pessoas com responsabilidade social.


REFERÊNCIAS


CARDOSO, T. M. Organização escolar. 1. reimp. Florianópolis : BIOLOGIA/EAD/UFSC, 2010.


PIMENTEL, A. Escola, educação e gestão da vida. Ponto de Vista, Florianópolis, n. 3/4, p. 145-159, 2002.

SÍNTESE CAPÍTULOS 8, 9 E 10.

SÍNTESE SOBRE OS CAPÍTULOS 8, 9 E 10.

O currículo escolar é cotidianamente visto como uma lista de conteúdos, disciplina por disciplina, a serem transmitidos aos alunos.
Após modificações na compreensão do “ser escola”, também o currículo escolar mudou para tornar-se construtivo. O currículo já não é mais composto de etapas definidas a serem simplesmente cumpridas pelo educador e pelo educando sem compromisso social. Agora a organização do currículo escolar tem princípios políticos, sociais e pedagógicos, com ética e compromisso social.
Atualmente os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais) integram as disciplinas, a escola, educadores e educandos em torno dos temas, incentivando e sugerindo dinâmicas do cotidiano escolar, implicações sociais, políticas, econômicas e culturais.
O conhecimento não é transmitido como verdade absoluta e sim sujeito a reflexões, mudanças contínuas e diversidade de pontos de vista.
Para tanto, os métodos de avaliação também passam de métodos classificatórios meramente quantitativos, para métodos classificatórios qualitativos. A avaliação passa a ser inclusiva, o educador assume os educandos como parceiros na aprendizagem, onde todos aprendem. Não se busca só quantidade, mas qualidade num processo que concebe a educação como práticasocial.
Tomamos o projeto político pedagógico (PPP) como ponto de partida, onde se expressam desejos de mudanças para construção de processos coletivos para melhor atender os jovens. Como educadores somos responsáveis por sua formação, e ter sensibilidade de respeitar suas diferenças étnicas e religiosas.
Além das questões que formam o projeto pedagógico, surgem outros questionamentos que vão depender da cultura da escola, localidade, dos integrantes que nela se encontram e como os mesmos são tratados neste ambiente escolar.
A escola deveria ser um lugar onde fosse estimulado o raciocínio lógico, desenvolvendo aptidões únicas, e não serem tratados como receptáculos, onde a relação aluno-professor não é exclusiva para transmissão de saber e não de troca de conhecimentos, em um âmbito que necessita de competência e sensibilidade social.
Sendo assim, o PPP se molda conforme as relações da comunidade escolar e suas maneiras de pensar.
A escola é um lugar onde os educandos convivem e, por isso, tem como objetivo o aprendizado de socialização para que sejam cidadãos conscientes de seus direitos. Porém não cabe só essa função, mas seu convívio sendo mais freqüente, promovendo assim uma aprendizagem mais efetiva. Para que a escola desempenhe seu papel político é preciso a organização de uma gestão democrática.
A escola pode ser democrática ou autoritária, que compreende visões hierárquicas e burocráticas, sendo funcionalista ou estruturalista, porém tentando introduzir processos de participação como Grêmio Estudantil, APP, etc.. uma escola democrática é algo que se desenvolve quando praticada pelos processos de vivência dos seres em questão, uma aprendizagem de valores que contribuem para a formação de cidadãos e melhor participação do processo político-democrático. Os indivíduos aprendem a respeitar as diferenças, colocando pontos de vista sem que haja discórdia, prevalecendo a participação, chegando a acordos, etc..
Para uma organização deve-se levar em conta as regras propostas pelas escolas, dias efetivos, etc.E também uma pedagogia qualificada e uma relação democrática de seus integrantes, onde todos ensinam e aprendem, incentivando a participação nesse âmbito social vivenciado diariamente, sem prioridade nos resultados, e sim em como são concebidos.
São dados valoras às disciplinas, sendo algumas de menor importância, quando todas têm significados de interação, expressão, socialização e uso expressivo da criatividade, pois cada uma destas matérias dependem umas das outras, o que deve ser valorizado para incentivar uma escola mais democrática e uma visão mais crítica do educando.
Assim como é de importância a exploração de materiais didáticos, não somente do livro e da bagagem do professor, outros recursos devem complementar e estimular os educandos, prender sua atenção, tornar a aula mais atrativa, e explorar o modo de pensar de cada um.
No entanto, algumas escolas não vêem este pareamento como estimulador da aprendizagem e sim como distração e como incentivador da falta de interesse por parte do educando.



Maria Eduarda Moreira da Silva

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