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Alunas de Ciências Biológicas - Ead - UFSC - Araranguá

sexta-feira, 12 de março de 2010

Síntese Individual - Cláudia Pacheco Pedro.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO – CED
DEPARTAMENTO DE ESTUDOS ESPECIALIZADOS EM EDUCAÇÃO – EED
CURSO: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – Modalidade a Distância
Profª: Drª Terezinha Maria Cardoso e Roseli Zen Cerny
Acadêmica: Cláudia Pacheco Pedro.

Síntese individual sobre “cultura escolar e “cultura da escola”.

As escolas na maioria das vezes muito se parecem, em se tratando de seu aspecto físico, de sua estrutura, de seus espaços, de sua arquitetura, permitindo-se ser reconhecível quase que imediatamente, tendo por motivo, seguir-se quase que sempre um padrão na forma como são construídas. São constituídas pelos mesmos elementos básicos e característicos, os quais devem ser somente acrescentados, porem nunca descartados, pois são estritamente necessários para o bom funcionamento do ambiente e para alcançar o objetivo ao qual a escola foi projetada, de maneira generalizada que é a transmissão de conhecimento aos educandos que a freqüentam. A essas características fundamentais e que estão presentes na maioria das escolas chamam-se de cultura escolar.
Então precedida da cultura escolar, porem não menos importante, está a cultura da escola. Entende-se então que a cultura da escola é uma composição de vários fatores ou elementos os quais influenciam o modo como funciona este ambiente, este espaço, e elementos estes que por sua vez diferenciam uma escola de outra, pois dizem respeito às suas concepções teóricas e políticas, o projeto político pedagógico ao qual ela segue, seus atuantes (os responsáveis por sua admistração, educadores, educandos, os envolvidos com a limpeza, manutenção, segurança, entre outros.), as crenças e o histórico sócio e cultural das pessoas que a freqüentam.
Este espaço então, que se difere entre outras construções por ter características próprias, mas que se assemelha muito quando relacionamos uma escola e outra, e que se difere quando se analisa sua “cultura da escola”, também possui significações sociais, que vem se construindo e se modificando ao longo de muitos séculos. Distintas concepções desde aquelas que vêem a escola sem uma determinação social, até aquelas que atribuem á escola uma esfera de autonomia relativa, em que as resistências são possíveis, estão inseridas nas significações e diferentes papeis que a escola cumpre. Nos fundadores dessa área do conhecimento, Durkhein, Weber e Marx, encontraram as matrizes teóricas de diferentes formas de compreender e organizar e escola.
Para Durkhein e sua visão funcionalista, a escola era dividida, como se fossem os órgãos do corpo humano, cada um com sua função, a qual muito bem desempenhada, para o bom funcionamento da escola.
Já para Weber, hierarquia, competência e organização, inseridos na sua visão burocrática, tinham como resultado um bom funcionamento.
A visão reprodutivista da escola, baseada nas teorias de Marx, afirma a função reprodutora da visão escolar, onde a escola possui seus próprios princípios de organização.
Outra maneira diferente de se ver a escola é com um espaço sócio-cultural, que é autônomo no que diz respeito às exigências exteriores. Ambiente esse, no qual se produz cultura, e que possui ritmos, linguagens e um sistema próprio de educação que lhe são singulares.
Portanto, quando ainda pequenos e passamos a freqüentar uma escola, não temos a dimensão de tão importante e fundamental ela é em nossas vidas, e o quanto pode nos influenciar, nos acrescentar, e por que não também nos reprimir. Pensamos inicialmente então que iremos pra lá aprender a ler e escrever. Não temos a idéia de quanto a escola é importante e quanto pode transformar a vida de uma pessoa. A partir desse momento, passamos a conhecer um novo “mundo”, cujos espaços e áreas são organizados de maneira totalmente diferente ao ambiente ao qual estávamos acostumados, que era nossa casa.
Então, após a leitura e a compreensão destes dois conceitos principais (cultura escolar e cultura da escola), podemos entender o porquê de essa estrutura ter características tão singulares e particulares. Entendemos o motivo pelos quais as salas de aula, o pátio, a secretaria e outras áreas muito importantes da escola, são organizadas. Mas além destes dois conceitos iniciais (cultura escolar e cultura da escola), entendemos e relacionamos muitos outros fatores que influenciam em todo o processo o qual a escola se destina a cumprir, que é o de levar aprendizagem, conhecimento, cultura e muitas outras coisas que possibilitam os educandos se tornarem pessoas muito mais capazes de discernir, acompanhar e interferir nos fatos que compõe o cotidiano. Destaca-se então dentre os determinantes do bom cumprimento do papel fundamental da escola, a sua estrutura física, a formação dos professores, o projeto político pedagógico, o amparo que esta instituição tem referendo-se ao repasse de verbas, a organização de sua estrutura, a cultura das pessoas que a freqüentam, leis que garantam a possibilidade dos alunos freqüentarem a escola, etc.
Destes pontos citados, não podemos identificar um como mais importante que o outro, pois todos fazem parte dessa estrutura, cada qual cumprindo seu papel. Assim a ineficiência de um deles, interfere em toda a estrutura de organização e funcionamento da escola. Pode-se então afirmar que este é o motivo pelo qual a escola pública no Brasil ainda deixa tanto a desejar, não conseguir transmitir uma educação de excelente qualidade como a de outros paises, por não estar totalmente amparada, apoiada pelo governo, para poder cumprir de maneira eficaz o papel ao qual foi designada.



Revisão bibliográfica:

GONÇALVES, Rita de C. A arquitetura escolar como materialidade do direito desigual à Educação. Ponto de Vista. n1. v.1. jul./dez. 1999.

CURI, Carlos R. J. Direito à educação: direito à Igualdade, direito à diferença. In: Cadernos de Pesquisa. n. 116. Jul. 2002.

CARDOSO. Terezinha M. Organização escolar. Florianópolis: Biologia/EaD/UFSC. 2010.

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